N – narrador
J – Janet
F – Brad Frankenstein
(sons chuva e trovoada)
(N): A Mansão de Brad Frankenstein, um conto de João Moreira e Daniela Oliveira
(Música: Science Fiction/ Double Feature – rocky horror Show)
(sons chuva e trovoada)
(N):Era uma vez, uma rapariga que vivia numa vila assustadora. A tempestade alastrava, e como ela não conseguia voltar para casa por ser muito escuro e perigoso, decidiu abrigar-se numa velha mansão que se encontrava nos arredores da vila. Janet tinha 18 anos, e quando chegou perto da casa, como por magia foi puxada para dentro da mansão, e as portas trancaram-se.
(Música: There’s a Light (Over at the Frankenstein Place) – rocky horror Show)
(N): O medo de Janet era intenso. Nunca vira nada assim. Seria o vento ou mesmo magia? Janet levantou-se e começou a falar:
(J): Está aí alguém?
(N): Ninguém respondeu.
(J): Olá? Está aí alguém?
(N): Ninguém falou. Janet tentou abrir as portas da mansão, mas em vão. Estavam trancadas. Decidida a sair daquele lugar, Janet procura uma outra saída. Ao deslocar-se à grande escadaria central da mansão, as luzes dos candeeiros acendem-se e começam a ouvir-se estrondos.
(sons de ruídos)
(J): Quem está aí?
(N): Novamente, ninguém respondeu. A Janet continuou a subir as escadas. Depois encontrou um corredor comprido e sombrio. Janet começou a abrir todas as portas do corredor, mas estavam todas trancadas. Faltava apenas uma. Era a última. Janet rodou a maçaneta e a porta abriu.
(J): Está aqui alguém?
(N): O quarto estava escuro, e como não obteve resposta Janet entrou. Numa cama grande, coberto dos cobertores estava um corpo grande e fedia muito. Janet aproximou-se e puxou os cobertores.
(J): GRITO ASSUSTADOR
(F): Quem me incomoda nos meus aposentos? Quem me acorda de um sono profundo?
(J): (grito)
(N): A Janet gritou e começou a correr por toda amansão.
(F): Volta aqui. Quem me incomoda não sai vivo da minha casa. (riso maléfico)
(N): O Frankenstein levantou-se da cama. Vestia umas calças verdes esfarrapadas e uma camisa branca todo manchado de sangue e de um preparado verde que eram restos da sua bebida.
Janet fugia, gritando por toda a casa.
(J): socorro! Alguém de ajude!
(F): Eu ajudo-te minha amiga. Volta aqui! (riso maléfico)
(N): A Janet desceu as escadas e escondeu-se na cozinha. Pegou numa grande faca e ficou ali à espera do Frankenstein.
(F): Eu sei que estás aí. Não te podes esconder. Eu sinto o teu cheiro de humanos, sinto-o no ar.
(N): Enquanto o Frankenstein derrubava tudo à sua volta, a procurar a Janet, ela levantou-se correu até ele e espetou-lhe a faca na cabeça.
(F): (grito de dor)
(J): Matei-te, monstro!
(N): E correu até à porta, mas ela estava trancada. O medo apoderou-se novamente da Janet. Quando estava de volta à cozinha, para sair pelas portas traseiras o Frankenstein já não lá estava.
(J): Ele fugiu. Não morreu! O que vai ser de mim?
(N): Ao chegar junto à porta, um vulto enorme aparece entre a Janet e a porta. Com a faca atravessada na cabeça, a escorrer sangue por toda a cara o Frankenstein agarra Janet só com uma mão, coloca-a no seu ombro e leva-a consigo até ao seu quarto.
(F): Ninguém se mete comigo! Ninguém!
(N): O Frankenstein amarrou Janet numa cadeira e começou a preparar um grande caldeirão da bebida verde, onde iria usar Janet como tempero.
(F): Não há nada como um bom humano para uma boa refeição. (riso maléfico)
(N): A bebida estava pronta. Só faltava o tempero final, a Janet. Quando Brad Frankenstein chegou junto à cadeira para levar Janet até à poção, começaram os dois a cantar. Brad acabara de ficar encantado com Janet.
(Música: Dammit Janet – Rocky horror Show)
(N): Completamente rendido a Janet, Frankenstein solta-a.
(F): Fica comigo.
(J): Eee…uuu fico. Será que posso ir até à cozinha? ( voz medrosa)
(F): Vai.
(N): A Janet acabara de inventar uma desculpa para tentar fugir ao Frankenstein. Correu até à cozinha, e quando ia a colocar a mão na maçaneta da porta das traseiras, uma mão toca no seu ombro.
(J): (Grito de Terror)
(F): Não podes fugir. A tua vida pertence-me. Agora és minha e de mais ninguém! (riso maléfico)
(J): Desaparece monstro. Morre! (fala a gritar)
(N): A Janet voltou a escapar ao Frankenstein, ao mandar-lhe um soco na barriga. Foi até ao armário mais próximo, retirou uma outra faca e apontou-a ao Brad Frankenstein.
(F): Nenhum louco humano pode matar-me! (riso maléfico)
(F): Eu confiei em ti. Agora vais morrer.
(N): O Frankenstein foi-se aproximando de Janet. Quando estavam apenas a um passo um do outro, Janet estica o braço com a faca e esfaqueia o Frankenstein na barriga. Ele começa a jorrar sangue por todas as aberturas, mas não fica sequer um pouco mais fraco.
(F): Agora é a minha vez!
(N): O Frankenstein pegou na faca que tinha na cabeça, retirou-a e espetou-a na Janet. De seguida mordeu o seu pescoço com os seus dentes verdes, transformando Janet também num monstro feio como um morto-vivo.
(F): (riso maléfico)
(N): Janet era agora um monstro como Brad Frankenstein. Ainda estava desmaiada, mas em breve iria acordar. O sangue parara de sair do corte que Brad Frankenstein fizera na sua barriga. Coberto pelo sangue de Janet, Brad Frankenstein leva-a até ao quarto e deita-a na sua cama.
(F): Descansa meu amor, agora és só minha! (riso maléfico)
(N): Quando Janet acordou, Brad Frankenstein não estava no quarto. Ela levantou-se, abriu a porta a desceu até à porta da mansão. Colocou a mão na maçaneta e a porta abriu-se.
Janet conseguira escapar. Desatou a correr, mas ao chegar junto a uma poça de água, olha para o chão e vê-se como um monstro. Acabar de reparar que estava diferente. Tinha um corpo que parecia um morto-vivo, e estava toda suja de sangue. Ao colocar a mão na barriga, sente a enorme abertura causada pela faca.
(J): Não! (“não” longo)
(Música: Sweet Transvestite – Rocky Horror Show)
(N): Janet voltou para dentro da casa. Numa porta ao lado da cozinha era a antiga biblioteca da casa. Janet começou a procurar uma maneira de voltar ao estado normal. Os livros de bruxarias estavam amontoados junto a uma mesa, o que facilitou o trabalho de Janet, pois havia muitos corredores de livros.
(J): Encontrei! Para voltar ao normal, preciso de matar quem me transformou. Mas nenhum humano o pode fazer. Pensado bem, vem mesmo a calhar! Eu já não sou humana. Então só preciso de, retirar o coração do mostro e corta-lo em sete pedaços.
(N): Janet correu até à cozinha, para pegar numa faca. Pegou numa grande faca que se encontrava numa gaveta, e começou a procurar Brad Frankenstein. Ele estava no sótão a dormir. Janet aproximou-se dele e espetou-lhe com a faca junto ao coração.
(F): (grito terror)
(J): (grito susto)
(N): Frankenstein levantou-se rapidamente e começou a atirar facas que se encontravam ali espalhadas a Janet. Ela fez o mesmo. Quando já estavam os dois todos cortados, Janet com as poucas forças que ainda tinha, pega na faca grande novamente e corta todo o coração de Brad.
(F): volta aqui. (grito)
(N): Janet fugira com o coração de Brad Frankenstein na mão. Quando chegou ao hall de entrada, pousou-o no chão e cortou-o em sete pedaços. O Frankenstein que estava já no cimo das escadas, começa a derreter, transformando-se num líquido verde misturado com vermelho de sangue. Janet cai para o lado. Quando acorda, já de dia repara que voltara ao seu estado normal. Era a Janet humana novamente.
(J): Sou eu de novo. (suspiro de alivio)
(N): Janet estava na forma humana, mas alguma coisa ainda estava mal. O corte na sua barriga não desaparecera. Agora que era humana, o sangue voltava a sair. Sem forças para se levantar, Janet morre, banhada pela sua própria poça de sangue. As poças do sangue de Janet e do líquido verde do Frankenstein misturaram-se e como por magia os dois ressuscitaram na forma humana. O amor nasceu entre os dois, fruto da criação conjunta dos seus corpos.
(J): Eu e o Brad levantamo-nos, dê-mos um beijo ( som de beijo) e ficamos a viver para sempre nesta. Salvei o Brad, ele agora é humano, somos os dois humanos. Humanos com coração.
(Música: Whatever Happened to Saturday Night- Rocky Horror Show)
ATENÇÃO: dia 8 de Julho irá ser publicado a versão áudio do projeto, onde também constarão todos os momentos musicais acima mencionados.
Sem comentários:
Enviar um comentário